sexta-feira, 15 de maio de 2009

Manifesto de Zuingler Ribeiro pelo resgate da cultural de BH

CULTURA: acervo intelectual, espiritual, sistema de atitudes, modo de agir, costumes e instituições de um povo, de uma civilização ligada às artes culturais e regionais. Enfim, falar de cultura é falar de vida, é falar de desenvolvimento.

Há tempos que nossa cultura está dispersa ou esquecida, há tempos que as nossas manifestações culturais estão fora dos espaços de nossa cidade, há tempos que não temos mais o carnaval da Avenida Afonso Pena.

Há tempos que não vemos mais as Escolas de Samba e os blocos caricatos desfilarem pelas ruas de nossa cidade.

Chegou-se até a proibir o desfile da Banda Mole…

Me pergunto: Porque acabaram com o CARNAVAL de Belo Horizonte, até o CARNABELÔ que trazia 200 mil turistas para BH parou?

Cadê as nossas festas juninas que aconteciam em quase todas as ruas de BH, no mês de julho, que por sinal também traziam turistas para a nossa cidade.

Conseguiram acabar inclusive com o festival de papagaios no PARQUE DAS MANGABEIRAS.

Ás vezes eu me pergunto o que esta acontecendo com a nossa CIDADE que a 10 (dez) anos atrás era a 3ª Capital do País e hoje é a 5ª. Quando chega o fim de semana ou véspera de feriado, a nossa cidade fica entregue às moscas.

Meus amigos, este é o descaso do poder público que acabou com tudo, dizendo que estas manifestações culturais incomodavam Belo Horizonte.

Nosso prefeito que só se preocupa em aumentar os impostos e proibir nossas manifestações culturais é o mesmo que vai para a televisão e fala QUE O AXÉ BRASIL VIROU PATRIMONIO DA CIDADE, um prefeito que nos fins de semana, feriados e carnaval vai para o Rio de Janeiro encontrar com o governador Aécio Neves.

Nós não merecemos isso, nosso patrimônio cultural são nossos MUSICOS, nossos ARTISTAS, nossas MANIFESTAÇÕES, nossa identidade, este patrimônio não pode morrer, chegou a nossa vez, chegou à nossa hora, somente nós podemos mudar o que foi perdido em todos estes anos de descaso do poder publico.

Queremos tudo de volta e muito mais: Que a FLORESTA seja um corredor CULTURAL para SANTA TEREZA, onde surgiu um dos maiores movimentos culturais mineiros, o Clube da Esquina.

Temos o dever de resgatar o berço boêmio e cultural de BH, o carnaval, as manifestações populares. Carlos Drummond de Andrade viveu e morou na floresta.

Em 1935, NOEL ROSA veio a BH tratar de sua tuberculose e a FLORESTA foi fonte de inspiração para suas canções.

A boemia da floresta e Santa Tereza se traduzem no boêmio Helio Mala ou H Mala (em memória) com o seu cavaquinho, suas composições e seu Jornalzinho “O ODIO” que falava de política e destes dois bairros boêmios por excelência.

Nosso saudoso PAULINHO CAZUZA (em memória) e tantos outros músicos que já se foram, mas felizmente dedicaram suas vidas a cultura de Belo Horizonte.

Enfim, amigos, comerciantes e população de BH, devemos apoiar pessoas que traduzem os nossos sentimentos e podem contribuir muito com o resgate de nossa cultura e cidadania.

Pessoas que podem contribuir para que possamos fazer uma importante mudança política no intuito de resgatar nossa cultura.

À HORA É AGORA, VAMOS MUDAR ISSO. Como diria CARLOS DRUMOND DE ANDRADE:

“A VIDA É SUBIR BAHIA E DESCER FLORESTA.”

Vamos resgatar o perfil cultural de nossa amada Belo Horizonte!

ZUINGLER RIBEIRO

COMERCIANTE E PRODUTOR CULTURAL

Morador da floresta ha 48 anos

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